Prepare o bolo, seu chapéu de festa e o clima de comemoração, pois 2013 é um ano muito especial para os gamers saudosistas. Afinal, não é sempre que os jogos que marcaram a infância de muita gente fazem aniversário, não é mesmo?
E não é uma celebração qualquer, pois estamos falando dos 20 anos de títulos que realmente marcaram época quando foram lançados, seja revolucionando um gênero, dando início a uma franquia milionária ou marcando a memória de muita gente e criando novos gamers. São títulos que nunca envelhecem e que sempre serão queridos por nós.
É exatamente por isso que decidimos separar um espaço para relembrar desses velhos guerreiros que fizeram tanto por nós nestas últimas duas décadas. Por isso, pegue toda a nostalgia e volte a ser criança nesta comemoração com cheiro de mofo e de cartucho velho.
Goof TroopOu como a Disney (quase) criou Resident EvilPor mais que seja estranho imaginar isso no panorama a atual, a Capcom e a Disney já foram grandes parceiras nos anos 90, criando alguns dos clássicos do Super Nintendo que marcaram a infância de muita gente. E entre adaptações de Alladin e DuckTales, essa união trouxe Goof Troop ao mundo.
O jogo estrelado por Pateta e seu filho Max pegava carona no sucesso do desenho animado homônimo — que chegou ao Brasil com o nome de “A Turma do Pateta” — e trouxe uma mecânica bem diferente daquilo que outros títulos da mesma linha seguiam. Em vez da tradicional plataforma e de fases lineares, tínhamos um mundo relativamente amplo para ser explorado e com uma infinidade de quebra-cabeças para serem superados.
O que pouca gente sabe é que a mente por trás desse clássico do SNES era Shinji Mikami, que mais tarde se tornou um ícone da indústria ao criar a franquia Resident Evil. E foi exatamente em Goof Troop que ele começou a testar algumas mecânicas que mais tarde fariam parte do cerne do Survival Horror de zumbis.
Apesar da temática infantil, Goof Troop trazia alguns elementos bem à frente de seu tempo. Lançado em 11 de julho de 1993, ele apresentou tanto a exploração de puzzles nos cenários — empurrar blocos até posições específicas para abrir portas parece familiar? — quanto a organização de seu inventário que futuramente seria uma das bases da jogabilidade de muitos títulos.
Como se não bastasse, a luta de Pateta e Max contra piratas em uma ilha se tornou ainda mais icônica graças ao fator cooperativo. Como a existência de jogos coop não era algo tão popular há duas décadas, colocar pai e filho agindo em conjunto foi uma sacada que conquistou muita gente, principalmente por conta da dificuldade diferenciada que esse trabalho em equipe apresentava em relação ao single player.
Rock n’ Roll RacingBons tempos que não voltam mais
Pode até não parecer, mas já faz 20 anos que você não ouve esses acordes saindo de seu console. Considerado como um dos melhores títulos do Super Nintendo e do Mega Drive, o jogo uniu aquilo que havia de melhor para a jogabilidade da época: corridas, destruição, um visual incrivelmente característico e uma trilha sonora impecável.
E não é à toa que o jogo produzido pela Silicon & Synapse — que se tornou nada menos do que a Blizzard — virou um dos games que os jogadores mais gostariam de ver voltando aos consoles. Já imaginou como seria revisitar essa competição com gráficos melhorados e um áudio muito mais refinado?
O único problema é que as chances de isso acontecer são bem remotas, principalmente pelo fracasso de sua sequência, lançada para PlayStation em 1998, e pelos direitos da franquia, que estão perdidos entre as empresas que se originaram da Silicon & Synapse e da Interplay, responsável pela distribuição.
Breath of FireUm RPG engolido pelo tempoEm um período em que Final Fantasy e Dragon Quest lutavam para dominar o mercado de RPGs, a Capcom decidiu entrar na disputa com uma nova franquia: Breath of Fire. E por mais que a série nunca tenha alcançado o brilho da concorrência, a saga de Ryu e Nina conquistou uma base fiel de fãs nos últimos anos.
A saga tinha uma premissa muito simples, trazendo um mundo em plena guerra rodeado de toda uma mitologia própria com dragões e outras criaturas mágicas. E é exatamente no meio de tudo isso que conhecemos Ryu, a personificação de um desses dragões, que deve lutar para impedir que essa força quase transcendental seja usada para o mal.
O curioso é que o primeiro jogo conseguiu estabelecer alguns padrões para as futuras sequências, como a presença de Ryu e Nina como personagens fixos. Embora o enredo de cada título fosse fechado, a ideia de continuar com os mesmos heróis deu aos fãs a liberdade para imaginar cada lançamento como um pedaço da cronologia de um único universo.
Só é uma pena que a Capcom tenha abandonado a série depois de Breath of Fire V: Dragon Quarter, para PS2. Uma versão em HD do quarto capítulo seria sensacional.
Star FoxDO A BARREL ROLL!Uma raposa que pilota uma nave espacial na tentativa de proteger a galáxia e forças inimigas. Por mais surreal que pareça essa história, foi a partir dela que nasceu uma das franquias da Nintendo mais querida pelos fãs.
O primeiro Star Fox chegou ao Super Nintendo em 1993 e, apesar de sua caixa assustadora — o Fox está empalhado? —, ele impressionou o público ao trazer um mundo totalmente tridimensional para os combates estelares. E por mais que esse universo em 3D se resuma a caixas e blocos patéticos para nossos padrões atuais, é possível imaginar o quão incrível isso foi há 20 anos.
Sem contar que o game ainda eternizou uma das expressões mais divertidas dos games e que até mesmo o Google incorporou ao seu site. Já tentou pesquisar “Do a Barrel Roll” para ver o que acontece?
Virtua FighterMuito além de Street Fighter e Mortal KombatOs anos 90 foram mágicos para os amantes dos jogos de luta. Street Fighter e Mortal Kombat disputavam a atenção dos jogadores e rendiam milhões de dólares para os bolsos da Capcom e da Midway. E era claro que outros estúdios iriam querem aproveitar o bom momento para introduzir uma nova série.
E das várias tentativas, a SEGA foi quem melhor soube aproveitar o fato novidade. Apostando no visual tridimensional dos personagens — uma incrível inovação para a época —, Virtua Fighter logo teve seu lugar ao sol, estimulada pela curiosidade de quem queria ver muito mais do que sprites e fotos se socando.
Além disso, o game ainda trazia uma mecânica bem mais simplificada do que a concorrência, com apenas três botões de ação. E por mais estranho que isso pareça, essa facilitação permitiu que muitos novatos entrassem no mundo dos jogos de luta.
DoomO pai dos FPSUm misterioso portal se abre em uma estação especial e criaturas infernais começam a invadir o local — e somente você pode impedir esses monstros. Foi com essa premissa de filme B que Doom surgiu e logo se tornou um dos maiores clássicos dos video games. Lançado no dia 10 de dezembro de 1993, ele chamou a atenção por ter uma premissa muito mais adulta do que a maioria dos títulos da época.
Além disso, a jogabilidade foi uma incrível novidade na época, tanto que diversos outros jogos surgiram na sequência — todos inspirados na perspectiva em primeira pessoa e nos visuais mais “realistas”. Sem contar que os monstros e a mecânica ainda muito simples serviu para fazer com que Doom se tornasse um dos principais games de terror da década de 90 para muitas crianças.
Esquecemos alguma coisa?
Vinte anos é tempo para caramba, então é praticamente impossível se lembrar de todos os aniversariantes — principalmente quando a idade começa a bater. Por isso, se deixamos alguma coia passar, não deixe de comentar para que possamos ser nostálgicos juntos e dizer que bom mesmo era no nosso tempo.
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